Brasil: Da democracia à ditadura.





O fim da ditadura de Vargas foi marcado por um intenso debate sobre quais seriam as melhores alternativas para o Brasil enfrentar suas dificuldades econômicas e sociais.
Nesse cenário, varias correntes se formam com diferentes propostas, Entre elas, duas quase sempre são destacadas. Uma, de ideais nacionalistas, era defensora de um Estado forte e independente, com restrições ao capital estrangeiro. Outra, liberal, defendia o desenvolvimentismo com atrelamento do país ao capitalismo internacional via abertura do mercado interno e maior aproximação dos estados unidos.
Na mesma época houve um intenso crescimento urbano e industrial além da modernização dos meios de comunicação. Apesar desses grandes avanços não houve mudança q superasse a desigualdade social e a péssima condição de vida da população.
A era de Dutra inicio em janeiro de 1946 marcado pela pose da assembléia constituinte, constituída pela elaboração de uma nova constituição para o Brasil, sendo estabelecido, o jogo democrático, a organização do estado em três poderes (legislativo, executivo e judiciário) e a autonomia dos estados e municípios colocando o fim ao centralismo político que existia a era Vargas.
No governo Dutra foi elaborado o plano SALTE (abreviatura de: saúde, alimentação, transporte e energia) considerando setores prioritários.
Em 1951 Getulio Vargas volta ao poder , o governo procurou restringir as importações, limitou os investimentos estrangeiros dificultando as remessas de lucro de empresas- transnacionais para seu pais de origem . Para incentivar as indústrias nacionais criaram o banco Nacional de Desenvolvimento Econômico.
Para promover o movimento industrial o governo criou a Petrobrás empresa estatal para deter o monopólio da exploração e do refino do petróleo no Brasil. Vargas dobrou o salário mínimo, ganhando o apoio dos trabalhadores.
A política estatizante desencadeou a franca oposição de empresários ligados as empresas estrangeiras, formando um grande grupo contra Vargas. Assim vários setores da sociedade passaram a exigir a renuncia do presidente.
Com suicídio de Getulio, Juscelino Kubitschek assumiu o governo, sendo marcado pelo desenvolvimentismo e prometendo desenvolver o país em tempo recorde. Para alcançar essa meta o governo favoreceu a entrada de capitais estrangeiro e a presença de impressa transnacionais no país, era o fim do nacionalismo do período Vargas e o começo do capitalismo internacional, o país estava enfrentando uma crise financeira com inflação muito alta. A maior obra de JK foi ha construção de Brasília.
Em 1961 Jânio Quadros assumiu a presidência encontrando a situação financeira em crise, então congelou salários dos trabalhadores fazendo com que , os mesmos ficassem descontentes pois perdia o poder de compra. O governo reatou relações diplomatas com países socialistas, essa atitude provocou reações contraria inclusive dentro do partido do presidente fazendo com que Jânio Quadros renunciasse;
A ditadura Militar, período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil foi de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão aos que eram contra o regime militar. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil (Rio de Janeiro), onde defende as Reformas de Base. Neste mesmo ano Castelo Branco general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional Presidente da República.
A época do regime militar foi dos mais duros; cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cessados, os sindicatos receberam intervenção de o governo militarem, juízes foram aposentados e acabou-se com as garantias do habeas-corpus. Houve aumento de repressão militar e policial. Em 1967 uma nova constituição para o país foi imposta. A oposição cresce, a UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza a passeata dos cem mil em protesto ao regime. A Junta Militar de 1969 escolhe o General Emílio Garrastazu Médici para Presidente da República. Foi uma época em que, professores políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-CODI atua como centro de investigação e repressão do governo militar. Ganha força no campo a guerrilha rural, sendo fortemente reprimida pelas forças militares.
Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil. A oposição política começa a ganhar espaços e nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades. Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo, promovem ataques clandestinos aos membros da esquerda.
Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da Democracia no Brasil. A vitória do MDB nas eleições acelerara o processo de redemocratização. O General João Batista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Cartas bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB. Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas e em 1984, milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantia eleições diretas para Presidente da República. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
No dia 15 de janeiro de 1984 o Colégio Eleitoral escolhe o Deputado Tancredo Neves para disputar as eleições com Paulo Maluf. O Presidente eleito fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal. Era o fim do Regime Militar. Os anos seguintes foram de regime democrático e a situação precária da economia não cessou, ao contrário gerou diferenças sociais e econômicas gritantes. O governo atual passa por sérios problemas administrativos e de corrupção chegando diante da denúncia da Procuradoria Geral da República devido aos atos de corrupção, de desrespeito ao povo e a constituição. O que deve, portanto nos mover, não pode ser apenas sentimentos de indignação, mas de compromisso com a verdade, com o futuro, com as instituições, com a democracia, com o Brasil, levantando uma nova bandeira de mudanças já.

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